quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Amor nos dias de hoje


Três coisas que eu aprendi sobre o amor.
1º Ele não é fácil. Você pode tentar de qualquer maneira não sofrer por amor, mas você sempre sofre.
2º Ele não é difícil. Amar uma pessoa pode levar tempo, porém quando você realmente a ama, é um sentimento de alegria que você não consegue segurar.
3º Você sempre tem de se doar. E às vezes uma prova de amor acaba levando à morte de uma pessoa.
O grego tem três palavras para o amor: eros, ágape e philos. O primeiro é o amor romântico (Cântico dos Cânticos 8.6). O segundo é o amor fraternal, digamos (1Coríntios 13.13; Romanos 5.8). E o terceiro é uma amizade.
A frase Eu te amo hoje tomou uma nova forma: um bordão sem sentimento. Hoje quando duas amigas se conhecem, no mesmo dia a frase é dita: sem nenhum sentimento. No outro dia brigam, e no outro se amam. E a frase continua lá – firme e forte.
O amor hoje também passou de pessoas para coisas. C. S. Lewis disse que o inglês possui duas formas para amar: like e love. O primeiro é mais geral: I like cars (Eu gosto de carros), e o segundo é o amor de fato: I love my cousin (Eu amo meu primo), mas não é o que vemos hoje. Ao invés de ‘I like chocolate’ (Eu gosto de chocolate), por exemplo, o que se ouve é ‘I love chocolate’ (Eu amo chocolate). Claro que, neste caso, o love está sendo usado para dar ênfase ao fato de gostar muito de chocolate. O problema é o sentimento. Geralmente, as pessoas não nutrem sentimentos por chocolate – ou por uma lata de lixo ou uma roupa. O português tem três formas básicas: gostar, adorar e amar. Elas são bem divididas. Eu gosto de chocolate, eu adoro chocolate e eu amo chocolate. O primeiro é uma expressão geral, o segundo mostra que você gosta bastante de chocolate e o terceiro é o amor-sentimento. Entretanto, o que ouvimos por aí é apenas o ‘eu amo chocolate’.
Longe de mim dizer que a forma dita está errada. O que quero dizer é que enquanto atribuirmos uma questão sentimental a algo que não deve ser sentimental, nós estaremos nos apegando mais ao mundo material. E é exatamente deste mundo que devemos nos desprender. Cristo disse que deveriamos amar uns aos outros – mas não disse que isso era fácil. As Escrituras também dizem para não nos apegarmos a este mundo – ele há de passar. Mas o quão dispostos a isto nós estamos?
Devemos a cada dia ter este amor ágape – fraternal – uns com os outros. Seja ao ajudar a carregar um pacote ou ajudar um amigo pelo computador.
Vamos fazer a diferença e começar a amar aquela pessoa que está mais próxima da gente – e não a página de rede social que está aberta simultâneamente à janela deste texto.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

As mulheres de Atenas - A face oculta do feminino




A figura iconográfica ideal para se compreender um dos aspectos do feminino está na mitologia grega. Como nossa cultura espelhou-se na filosofia e política da Grécia antiga por uma assimilação cultural pelo império Romano, a cultura grega integrada pelos romanos hoje nos circunda. E dos mitos gregos um ponto nos chama a atenção: as guerreiras Athena, Diana, as Amazonas, Cliteminéstra e outras. As lendas e mitos gregos ressaltam um lado da mulher que ainda não é compreendido e que gera muita polêmica porque retira dela seu lado vítima. "Para pisar no coração de uma mulher é preciso um coturno... Já fui mulher, eu sei", canta o poeta Chico Cesar.
Sempre fui um observador da vida. Lembrei-me de quando fazia o curso de psicologia em São Paulo. Raros homens em sala de aula. O que para muitos poderia ser visto como uma bênção, por outro lado acenava outro universo: a cruel competição feminina e a eterna disputa pela vaidade intelectual, física, moral, competição pela moda refletida na vida. Quase tudo para a mulher envolve disputa. Até as amigas que já casaram são alvo da inveja das solteironas. Isto também retrata partes deste processo. A guerra da balança, de qual amiga rouba o namorado ou marido da outra e até a do vestido exclusivo no baile são pequenos exemplos das disputas femininas que beiram o insano. Raras vezes vi um homem sair de uma festa porque um amigo usava uma camisa igual.
Athena é um mito, a deusa da armadura, eterna virgem, deusa guerreira que adora a briga, a luta pela busca da justiça de forma racionalista. Athena jamais se entrega a qualquer homem. E o mundo, ao contrário, adora ver a mulher sempre neste antagonismo: a boazinha, romântica, sonhadora, fútil, delicada. Armadilha de percepção? A mulher é racional, às vezes de forma excessiva, e isto é que nos choca. A histeria relatada por Freud retratava este processo. A criação castradora faz da mulher, em nossa cultura machista, a eterna aprisionada pelo medo e insegurança. Está aí o antagonismo psíquico apontado pelos gregos. E o que ela quer?
A mulher quer, sobretudo, segurança. Em sua criação castradora, busca de todas as formas sobrevivência e amparo na vida profissional ou afetiva. O status de um parceiro(a) solidifica esta busca. Por isto a mulher escolhe seus parceiros mais que um homem. Para tal escolha, procura referências do pretendido (filho de quem, veio de onde, de que família), o local em que mora, se tem ou não profissão, quanto ganha, seu passado moral e, por fim, se é boa gente. A mulher é bem mais calculísta em suas escolhas afetivas, mais racional. Todavia tais escolhas vão diminuindo à proporção que a idade aumenta e a feiúra acentua. O desespero é o único crivo para aceitação quase universal. Uma senhora desesperada quase fica com qualquer um. Lembrei-me de uma colega, que muitos chamariam de interesseira. Ela dizia que se um homem não tivesse carro, profissão e um mínimo para seu conforto, ela não se casaria. Quem vive de amor são os poetas e os românticos, ressaltava. Logicamente que os fatores da afetividade sexual, a pele, entrariam no jogo, mas, ao contrário dos homens, sempre em segundo ou terceiro plano. Mulheres amam, mas quando sentem se seguras. Quer tirar a prova? Quantas moças de classe média se casam com rapazes pobres? E quantos homens o fazem na mesma proporção? E o curioso é que queremos entender o universo de forma acadêmica, cindindo nosso objeto de estudo, tolhendo-o de uma dinâmica natural da vida, o que é um erro grave nas ciências humanas.
O jogo do feminino é complexo e esta é apenas uma de suas facetas. Nele, vale tudo: exposição exagerada, visual, caras e bocas. É uma guerra. E, se você der bobeira, dança. O medo e a insegurança na vida da mulher infelizmente proporciona a maior parte das armadilhas de sua vida. Aliado ao racionalísmo provoca muitos problemas afetivos especialmente pelo fato do amor não poder jamais ser condicionado.O amor é expontâneo, independe de classe social, credo, status.
Outro dia ouvi de um rapaz uma reclamação. Em um almoço na casa da avó de sua namorada ouviu a seguinte afirmação:"neta minha só se casa com homem rico. Se não for rico não entra em nossa família". Posteriormente como refletiu o rapaz, o que está em jogo não é a moral, o caráter, o bem estar da família, mas o raciocínio frio do amor como negócio.

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