quarta-feira, 16 de maio de 2012

Complexos de Édipo





No centro do “Id”, determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas. Freud introduziu o conceito no seu Interpretação dos Sonos (1899). O termo deriva do herói grego Édipo que, sem saber, matou seu pai e se casou com sua mãe. Freud atribui o complexo de Édipo às crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse que o estágio geralmente terminava quando a criança se identificava com o parente do mesmo sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se o relacionamento prévio com os pais fosse relativamente amável e não traumático, e se a atitude parental não fosse excessivamente proibitiva nem excessivamente estimulante, o estagio seria ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma neurose infantil que é um importante precursor de reações similares na vida adulta. O Superego, o fator moral que domina a mente consciente do adulto, também tem sua parte no processo de gerar o complexo de Édipo. Freud considerou a reação contra o complexo de Édito a mais importante conquista social da mente humana. Psicanalistas posteriores consideram a descrição de Freud imprecisa, apesar de conter algumas verdades parciais.



Referência:http://freudlatusensu.wordpress.com/a-psicanalise-resumao-freud/

Bob Marley

 
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domingo, 13 de maio de 2012

Frases para Facebook





"Cada um fez a sua escolha.Você escolheu me magoar, ser falsa, mentir pra mim e ser indiferente a tudo isso. Eu, por falta de opção, escolhi não te perdoar."
Matheus Bogo


"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."
Clarice Lispector


"Passa-se a acreditar naquilo que se repete frequentemente para si mesmo, quer seja verdade ou mentira. Isso passa a ser um pensamento dominante na mente."
Robert Collier


"Passamos a vida a mentir, até, sobretudo, talvez apenas, àqueles que amamos. Com efeito, somente esses podem pôr em perigo os nossos prazeres e fazer-nos desejar a sua estima."
Marcel Proust


"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te."
Friedrich Nietzsche


"Mentir é maldade absoluta. Não é possivel mentir pouco ou muito; quem mente, mente. A mentira é a própria face do demônio."
Victor Hugo


" mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira."
Legião Urbana











Desolado


Hoje eu estou desolado e não tenho razões para mentir, e vivo da minha desolação o meu processo de continuidade, porque se eu nego o sofrimento que me ataca, ele nunca vira arte dentro de mim.

Padre Fábio de Melo


Lições da vida


Muitas vezes os golpes partem de quem você menos espera. A porrada é muito grande e não tem quem não sinta. 

Quando mais você necessita de ajuda, muitas portas se fecham. São seres que se dizem cristãos mas se habituaram a praticar a desumanidade. Frequentam igreja, oram, fazem preces, mas o verdadeiro amor cristão não existe. Evangelizar, louvar, ir aos cultos, adentra templos, para quê ? Para enganar a si mesmo na esperança de estar enganando Deus? Que gente é esta que ao invés de unir, separa? 

Vem o distanciamento e com ele a ausência. Do nada brota o vil silêncio. Transborda a indiferença. A ingratidão, realmente é uma pantera... A ausência prolongada produz a desafeição, o descondicionamento emocional. Machuca, mas com o passar do tempo alivia e passa. Nada é permanente, só Deus.

Vem na cabeça mil e uma lembranças do bem que se fez e de nada adianta fazer alguém recordar seus momentos de aperto e dificuldade e da porta que você abriu e acolheu. Os benefícios - todos - serão esquecidos. Acolher é um verbo que invariavelmente fica no pretérito. A  falta de reconhecimento faz parte do jogo do esquecimento conveniente, das racionalizações, das mentiras e manipulações.

O amor de Deus, tão invocado em momentos de extrema necessidade, é vão. Não existe. Tem gente que tem o coração de pedra e a mente vazia.

Esses golpes repentinos da vida servem como aprendizagem, como lição de vida. Um  dia, as mesmas pessoas que viraram as costas e se foram, voltarão um dia. Se aproximarão. Vão proferir palavras, e palavras que nunca fala com o coração, já não merece crédito. Mas você é um verdadeiro cristão e sabe perdoar, mesmo sabendo dos golpes que levou, das dores e das amarguras que carregou sozinho. 

Você perdoa, mas não esqueçe. Você olha nos olhos das pessoas falsas e parece que elas não compreendem que você sabe ler a alma humana, porque aprendeu a ser verdadeiramente humano. Conheceu a si mesmo. Mesmo assim você ama o próximo como a si mesmo, como quem toma uma bofetada e dá a outra face. Você é capaz de estender a mão a quem lhe apunhalou, a quem lhe  deixou  quando imaginou que o barco iria naufragar. São como os ratos que habitam os porões dos navios.

O importante é estar vivo, em todos os sentidos, e sabe que quem rasteija é cobra e Deus não dá asa a cobra, embora o demônio tenha dado o veneno. 

É fácil desculpar-se, pedir que o outro se modifique, enquanto dentro de se próprio nada muda. Vai ser sempre assim...

Do outro lado da ponte chamada "longe demais", existe uma outra família e, talvez fosse o correto, o mais razoável, atravessar a ponte como quem atravessa o Rubicão. 

Que siga no barco de Caronte e encontre o seu definitivo lar. 

Não, não é isso que desejo, existe a possibilidade de alguém se converter, mas, infelizmente, tem gente que nasceu para ser maligno(a), pegajoso(a), traiçoiero(a), astucioso(a)... Irão lhe furtar a paz e lhe tirar a serenidade e tudo mais, de bens materias que puderem levar. 

Vai, segue seu caminho, que é de luz e faz aquilo que Deus ordenar. Que não se cumpra a sua vontade, mas a vontade do poder maior que habita em nós. 

sábado, 3 de março de 2012

Pedra Bonita, de José Lins do Rego Pedra Bonita, de José Lins do Rego


Em 1938 é publicado Pedra Bonita, de José Lins do Rego, romance que dá início ao ciclo do cangaço associado ao misticismo messiânico e ao flagelo das secas. Na obra, o chamado santo era um louco, como Antônio Conselheiro, e o drama se desenrola em torno de uma espécie de loucura coletiva.

Como já citado, o misticismo e o cangaço estão presentes em Pedra Bonita. A provável fonte temática, bem como a oralidade da narrativa, nesses casos, teria sido a literatura de cordel, como afirma o próprio autor:

(...) Os cegos cantadores, amados e ouvidos pelo povo, porque tinham o que dizer, tinham o que contar. Dizia-lhes então: quando imagino meus romances, tomo sempre como modo de orientação o dizer as coisas como elas surgem na memória, com o jeito e as maneiras simples dos cegos poetas.

Pedra Bonita é o relato da tragédia pernambucana de 1838, onde morreram várias pessoas, para que com seu sangue fossem lavadas as duas torres da catedral do reino de D. Sebastião, encantado nas duas pedras ali existentes.

Ao ler a obra, temos a impressão de que é atualíssima, uma vez que não fala simplesmente sobre um relato a respeito de Pedra Bonita, porém nas entrelinhas vemos a construção de uma região, o Nordeste, humilde que serve de cenário para heróis, coronéis, santos, místicos, "bandidos", fanáticos e aventureiros cantadores de viola etc. É um círculo vicioso do qual não vemos saída, a não ser que haja um progresso muito grande na mente humana. Isso é fundamental no desenrolar do texto, que procura mostrar os conflitos político, econômico, religioso e social em torno destes elementos reais enquanto legitimadores de um regime, de uma determinada articulação social. 

O livro, mesmo tendo mais de meio século de sua primeira publicação, apresenta uma ótima coerência interna, explorando muito bem a temática e a imagem do Nordeste sofrido. 

Iniciando a análise pelo povoado de Vila do Açu, próximo a Pedra Bonita, o autor monta a trama do romance; nesse cenário vão se destacando uma gama de personagens individualizados e enlaçados as suas neuroses, suas paixões e para seu modo de vida, como o menino Antônio Bento que fora parar na casa do Padre Amâncio trazido pela mãe em virtude da seca de 1904; D. Eufrásia, a irmã do Padre, mulher de personalidade forte e autoritária que vez ou outra aparecia na vila; a negra Maximiliana, criada da casa paroquial, que só tinha alegria quando tornava umas pingas; D. Fausta e a sua aversão crônica ao pai que só tinha olhos e carinho para os pássaros que criava; o sacristão Laurindo e a sua mulher; as beatas;Joca Barbeiro, o bisbilhoteiro que ficava horas a fio em baixo da tamarineira da praça falando da vida de todo mundo; o bodegueiro que saiu explorando o sertanejo; o tirânico juiz Dr. Carmo, sua mulher e o seu filho arruaceiro; e tantos outros. 

E ainda, nesse cenário exótico é retratado também de forma contundente, o confronto de dois grupos na política municipal. Em seguida, discorre o povoado do Araticum, começando pelo semi-árido físico onde aparece a geografia do sertão, o clima semi-árido, a vegetação típica ­ caatinga - e a questão das secas, o tipo que habita, nesse clima, transcende a figura de Bento Vieira, criatura seca, desumana e imparcial a tudo que lhe rodeia, sua mulher, a sofredora Sinhá Josefina, seus dois filhos – Aparício, violento, brigão e Domício, tenro e sonhador. A caminho de Pedra Bonita aparece o místico Zé Pedro que conhece todos os mistérios e segredos da região. Por fim, é nesse palco e com essas personagens inquietas e conflituosas que o autor relata de maneira contundente a dizimação total da família Vieira, absorvida pelo fanatismo religioso e o envolvimento com o cangaço.

A ação divide-se em duas partes. 

Primeira parte - No vilarejo de Açu, o vigário cuida do menino Antônio Bento desde pequeno. Frustrada a intenção de colocá-lo no seminário, Bento torna-se sacristão do padrinho. Porém a população do povoado hostiliza-o porque ele participa de um grupo desencaminhado. Protegendo-o, o padrinho acusa o juiz da cidade como responsável. O juiz, transferido para a capital, não lhe perdoa e, por sua vez, acusa-o de proteger bandidos.

Segunda parte - Passa-se em Pedra Bonita, para onde fora Bentinho. O irmão de Bento o inicia nos segredos da Pedra Bonita, mata um soldado e torna-se cangaceiro. Bentinho fica indeciso entre a doutrina do Padre Amâncio e a crença de sua gente, vendo pobres, aleijados e enfermos enlouquecidos na ânsia de cura.

Bentinho retorna a Açu e fica com os seus.
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