terça-feira, 19 de agosto de 2014

Vote certo, vote Dilma Rousseff

Indispensável comentar o governo de Lula, enquanto presidente da república. O que podemos dizer é que o Brasil renasceu a partir do momento em que ele assumiu  a presidência da república. Ele conseguiu algo que era inacreditável: pagar a dívida do FMI e até hoje, com Dilma, o Brasil não necessita mais humilhar-se no cenário político nacional e internacional como uma Nação economicamente fraca. O Brasil se impôs perante o mundo inteiro.

Lula sabe perfeitamente o que faz e ele escolheu Dilma Rousseff para sucedê-lo, contra toda a mídia e venceu. Lula sabe o que o melhor para os trabalhadores e para o Brasil.

O povo venceu, o Brasil venceu!

Dizem, no futebol, que em time que está ganhando não se mexe. Pois o Brasil, com Dilma presidenta, é "um time que está vencendo a crise" internacional. Tem mantido a mesma forma de governar de Lula e continua expandindo a influência e o respeito adquirido internacionalmente. O Gigante acordou e, sinceramente, nunca vi tantas coisas boas acontecendo. 

Só mesmo embriagado, ou muito louco, pra criticar e pra botar defeito, diz Chico Buarque em uma das suas belas composições musicais, pra criticar ou pra botar defeito.

Nunca vi tanta gente usando celular, computadores, notebooks, TV a Cabo, internet, carro e viajando pelo mundo afora. Gente que antes não conseguia viajar dentro do seu próprio Estado. Verifico a ascendência de uma classe social que, antes, vivia em um patamar de desigualdade horrível. Hoje esta classe social tem quase tudo. Os pobres já podem ver seus filhos se formando em medicina. direito, engenharia e outras profissões. Os avanços sociais são visíveis. É um fato incontestável. 

Dilma não tem o mesmo estilo de comunicação de Lula, mas ela imprime o mesmo ritmo político que Lula imprimiu para o Brasil crescer e engrandecer nossa pátria, outrora tão espezinhada. Isso é que importa.

Então, porque irei arriscar mudar meu voto, ciente que sou, de que os concorrentes de Dilma, são mera falácia e nada têm a fazer de bom pelo povo, nem pelo Brasil.

Dilma represente o crescimento, a evolução, as melhoras constantes. O resto fala muito, mas não é de fazer coisa alguma. São mera propaganda enganosa,creia!

Particularmente desaconselho qualquer cidadão, ou cidadã, a mudar de voto. Dilma Rousseff é a única opção que o Brasil possui de verdade. Com ela o Brasil continuará a crescer e todos nós continuaremos como torcedores de um time que está ganhando. 

Não tenha dúvida alguma diante de propagandas adversárias. Dilma é o voto da vitória do Brasil, do nosso Brasil que não é mais aquele dos tempos de FHC e dos seus antecessores. 

É com Dilma Rousseff que o Brasil vai continuar crescendo e é com essa certeza que não tenho a menor dúvida em dar meu voto a esta mulher guerreira.

É com ela na cabeça que darei meu voto, de modo acertado. Recomendo-lhe que pense bem e não se deixe levar por fantasias de políticos adversários dela.

No dia certo, vote certo. Vote em Dilma Rousseff porque o resto é figuração!


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Pai-Fábio Junior





Nossa modesta homenagem a todos os pais do mundo! Dê de presente

seu amor, seu carinho, sua afeição, seu reconhecimento, sua gratidão e tudo

mais de bom que houver nesta vida.



Letra da canção Pai, de Fabio Júnior:



Pai

Fábio Jr.

Pai

Pode ser que daqui algum tempo

Haja tempo pra gente ser mais

Muito mais que dois grandes amigos

Pai e filho talvez



Pai

Pode ser que daí você sinta

Qualquer coisa entre esses 20 ou 30

Longos anos em busca de paz



Pai

Pode crer eu tô bem, eu vou indo

Tô tentando vivendo e pedindo

Com loucura pra você renascer



Pai

Eu não faço questão de ser tudo

Só não quero e não vou ficar mudo

Pra falar de amor pra você



Pai

Senta aqui que o jantar tá mesa

Fala um pouco tua voz tá tão presa

Nos ensina esse jogo da vida

Onde vida só paga pra ver



Pai

Me perdoa essa insegurança

É que eu não sou mais aquela criança

Que um dia morrendo de medo

Nos seus braços você fez segredo

Nos seus passos você foi mais eu



Pai

Eu cresci e não houve outro jeito

Quero só recostar no teu peito

Pra pedir pra você ir lá em casa

E brincar de vovô com meu filho

No tapete da sala de estar



Pai

Você foi meu herói, meu bandido

Hoje é mais muito mais que um amigo

Nem você, nem ninguém tá sozinho

Você faz parte desse caminho

Que hoje eu sigo em paz




terça-feira, 22 de abril de 2014

COMPLEXO DE ÉDIPO


COMPLEXO DE ÉDIPO - É o apego erótico e excessivo, às vezes inconsciente, do filho em relação à mãe, paralelamente ao desenvolvimento de sentimentos obscuros de ciúmes em relação ao pai que, no caso, se apresenta à criança como o principal rival. Quando existem várias crianças numa família, o complexo de Édipo expande-se e passa a ser denominado complexo de família. Quando os filhos crescem, um dos meninos pode, com efeito, tomar a irmã como substituta da mãe, a qual não pode possuir somente para si, porque não conseguiu vencer seu rival, o pai.

Diretamente, porém, podemos considerar que o amor à mãe e a hostilidade ao pai constituem os dois elementos básicos do complexo de Édipo na concepção do próprio criador do termo, Freud.

Édipo é o personagem principal de uma antiga lenda grega eleito pelo destino para matar seu pai e desposar sua mãe. Ao tomar consciência do crime que havia praticado, Édipo, corroído pelo remorso, furou seus próprios olhos para se punir.

Essa mesma história, segundo Freud, se repete na vida das crianças em relação aos seus pais e mães. Segundo o criador da psicanálise, isso acontece quando o menino começa a manifestar exagerada preferência pela mãe e querer que ela exista só para ele. Ciumento em relação ao pai, o menino faz tudo para afastá-lo de sua convivência com a mãe, vindo posteriormente a sentir-se culpado de uma falta grave, relacionada quer com seu amor erótico pela mãe, quer com sua aversão pelo pai.

O fato de que as crianças sejam capazes de ter sentimentos amorosos em relação a seus pais não constitui motivo de espanto, pois sabemos que elas tem vida sexual, embora o sexo, na fase infantil, não se manifeste de forma genital. Segundo Freud, o complexo de Édipo não só é normal como pode aparecer e desaparecer durante toda a infância, dando lugar a um perfeito equilíbrio emocional nas relações entre pais e filhos.

Quando porém, por um motivo ou outro, determinados fatores impedem esse desenvolvimento, as conseqüências podem ser bastante graves, chegando mesmo a estragar completamente a vida do adulto. Os homens que não conseguem superar o complexo de Édipo tornam-se geralmente, efeminados e medrosos. Com efeito, quando o menino, que ama a mãe e odeia o pai, sente-se incapaz de enfrentar de igual para igual seu rival, o complexo de Édipo entra por um caminho normal de evolução. O menino desfaz-se de sua agressividade para tentar vencer o pai por outros métodos. Para isso, ele irá cada vez mais renunciando à sua virilidade e tornando-se submisso. Em vez de se comportar como homem, começa a se comportar como mulher, procurando se identificar com a mãe para, com ela, dividir as simpatias e atenções do pai.

Esse complexo mal superado na infância pode, segundo Freud, conduzir muito facilmente o indivíduo a ser, na fase adulta, homossexual ou, pelo menos, um tipo submisso e acovardado. Por outro lado, a experiência de haver amado a mãe, sabendo que ela não podia lhe pertencer exclusivamente, pode ainda, segundo o criador da psicanálise, marcar profundamente o espírito da criança pela idéia de que o objeto do amor deve sempre ser disputado com um rival. Quando chegar à fase adulta, o indivíduo poderá sentir-se incapaz de amar uma mulher completamente livre. Pelo contrário, sentirá grande prazer em disputar com outro homem a noiva ou a esposa.

Para Adler, o complexo de Édipo parece menos complicado e é motivado, em grande parte, pelos excessivos mimos dispensados à criança. Pensa que a atitude normal da criança é um interesse quase igual para com o pai ou a mãe, mas considera que são fatores externos que motivarão desencadeamento de maior interesse para com um ou outro dos pais. Por exemplo, certos traços do pai podem fazer com que o menino se apegue mais intensamente a ele que à mãe; uma mãe excessivamente carinhosa pode afastar a criança do pai, fazendo com que fique mais achegada a si. Apegando-se excessivamente à mãe, a criança torna-se mais ou menos parasita, procurando-a para satisfação de todos os seus desejos, também os sexuais. Se, por outro lado, existir atração do menino pelo pai, Adler explica esse fenômeno como sendo não-sexual mas preparatório para assumir um outro estágio do desenvolvimento sexual.

A criança "mimada" é, segundo Adler, sexualmente precoce porque aprendeu a não se privar de coisa alguma. Conseqüentemente, entregar-se-á à fantasia erótica, superestimulando seu desenvolvimento sexual. A esse respeito, os carinhos excessivos da mãe podem constituir outro fator de excitação sexual e as fantasias sexuais, nas quais a criança se refugia, serão dirigidas para a mãe.

Por isso, segundo Adler, o complexo de Édipo nada mais é que "uma das múltiplas formas que aparecem na vida da criança mimada, que é joguete de suas excitadas fantasias".

Para Jung, o começo real da sexualidade se opera por volta do sexto ano. Conseqüentemente, toda manifestação de amor por parte do menino para com a mãe não pode ser considerado como manifestação sexual propriamente dita. Até essa idade, a mãe não tem significado sexual de qualquer importância. É apenas uma fonte de proteção e de nutrição que, por isso mesmo, faz com que a criança a ela se apegue com maior intensidade que ao pai.

Somente com o decorrer do tempo esse interesse relacionado com a alimentação consubstanciada na pessoa da mãe vai cedendo lugar ao complexo de Édipo em sua significação propriamente erótica.

Para Erich Fromm, o mito de Édipo não deve ser considerado como um símbolo incestuoso entre mãe e filho, mas como uma rebelião do filho contra a autoridade paterna numa família patriarcal. Segundo ele, o complexo de Édipo não se verifica em qualquer tipo de família. Basta que a criança tenha um melhor relacionamento com outros indivíduos de sua idade para que não se verifiquem tensões tão acentuadas entre pais e filhos.

Analisando a teoria freudiana relativa ao complexo de Édipo, Fromm afirma que as observações do criador da psicanálise são parciais e inconsistentes. Para Fromm, o conflito entre pai e filho resulta do fato de, numa sociedade patriarcal, ser a criança, especialmente a do sexo masculino, considerada como uma propriedade do pai, como um bem imóvel ou mesmo como um "animal de carga". Semelhante atitude e tratamento dado pelo pai ao filho opõe-se ao desenvolvimento livre e independente da criança. Fromm considera tanto o complexo de Édipo como a neurose manifestações de um conflito entre a luta do homem pela liberdade e auto-afirmação e os princípios éticos e sociais que impedem o alcance de liberdade, frustrando os indivíduos que naturalmente a procuram.

Para Fromm, quando tivermos uma sociedade que respeite a integridade de todos os indivíduos, incluindo todas as crianças, o complexo de Édipo, como um mito, já pertencerá ao passado.

Harry Stack Sullivan pouco difere de Fromm na interpretação do complexo de Édipo. Segundo ele, trata-se mais de um problema de liberdade que de sexo. Dá fundamental importância ao papel dos pais, especialmente da mãe (na infância e na puberdade). Segundo ele, o sentimento de familiaridade que o pai ou a mãe alimenta em relação ao filho do mesmo sexo conduz a uma atitude que produz ressentimento e hostilidade por parte da criança. Por outro lado, em virtude da própria diferença de sexo, o pai ou a mãe trata o filho do sexo oposto com maior consideração.

A diferença de sexo faz com que o pai se sinta menos apto para orientar a vida da filha e, assim, trata-a com mais cuidado, por assim dizer "com luvas de pelica". Isso faz com que se manifeste na família maior afeição da filha pelo pai e do filho pela mãe.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Senado uruguaio aprova a Lei da Maconha



Por 16 votos a favor e 13 contra, o Senado uruguaio aprovou a chamada Lei da Maconha. A partir desta quarta-feira (11/12), o pequeno país sul-americano será o primeiro do mundo a legalizar e regulamentar a produção, venda e o consumo da marijuana.

Antes mesmo de a votação terminar, defensores da lei marcharam até o Congresso para festejar. No Uruguai, o consumo de maconha (ou de qualquer outra droga) não é considerado crime há 40 anos, mas era proibido comprar e vender os produtos. A nova lei pretende acabar com essa contradição e buscar uma alternativa à guerra contra as drogas. Estima-se que 28 mil uruguaios (5% da população entre 15 e 65 anos) fumam um cigarro de maconha por dia. Comparado com outros países, é um mercado pequeno - mas move US$ 40 milhões ao ano e tem crescido, apesar das políticas de combate ao narcotráfico. O presidente do Uruguai, Jose Pepe Mujica, quer que o Estado regule o comércio e uso dessa droga a quarta mais consumida no país, depois de bebidas alcoolicas, cigarros e remédios psiquiátricos. Pelo menos a metade dos uruguaios, no entanto, segundo as pesquisas de opinião, acha que a nova política não vai funcionar e que pode inclusive facilitar a vida dos narcotraficantes.

Pela nova lei que deve levar cerca de 120 dias para ser regulamentada e colocada em prática o governo vai distribuir licenças para o cultivo de até 40 hectares de marijuana, que será usada em pesquisas científicas, na indústria e para consumo recreativo. Os consumidores (residentes uruguaios maiores de 18 anos e devidamente registrados) terão direito a comprar até 40 gramas por mês nas farmácias, a preços inferiores aos do mercado negro. E quem quiser pode plantar até seis pés de maconha em casa sempre e quando forem declarados. Os críticos da lei dizem que o governo não tem como controlar o cultivo doméstico ou impedir que um consumidor uruguaio compre a droga na farmácia para revendê-la no mercado negro. Os defensores da lei argumentam que a guerra contra as drogas, implementada durante as últimas décadas, fracassou no Uruguai e em outros países.

Em 2016, a Organização das Nações Unidas vai rever as políticas de combate ao narcotráfico e seus resultados. Segundo Diego Pieri, que fez campanha pela aprovação da lei uruguaia, nos últimos anos mais países e até estados norte-americanos têm buscado alternativas para regular o mercado em vez de tentar destruí-lo com armas. Os ventos estão mudando, mas vai levar tempo convencer outros países a mudar de estratégia, disse Pieri, em entrevista à Agência Brasil. Por isso mesmo, o presidente Mujica pediu apoio internacional à sua iniciativa.

FONTE: Agência Brasil

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

No chão da Praça

Poema a Maria Esther



A dor de Maria

Naquela praça, 
de mãos dadas,
não estava ela,
estava  outra,
brincando
com o coração 
de Maria.

Ah! amor juvenil,
cheio de esperança
tão cedo fugiu...

Pobre Maria!

O que havia 
de mais sublime 
desprendeu-se 
da alma,
naquele instante 
de inusitada visão. 

Seu coração
estraçalhado
para sempre,
ficou no chão, 
daquela praça...

E a pobre
Maria, 
quando pode
volta à praça
para rever
a dor 
no exato local, 
de exato espanto,
em que seu amor,
despedaçado
tombou, 
para sempre.

Só a dor restou.

Pobre Maria,
qual árvore 
desfolhada, 
procura restos, 
de ilusão,
um pedaço qualquer de fantasia,
pelo chão 
daquela praça,
em que a ilusão,
do falso amor, 
João,
que era da outra,
tão cedo matou!

Era apenas 
o primeiro
amor 
que logo morreu,
                                                         na juventude em flor.



Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike

segunda-feira, 11 de março de 2013

VERDADE para ADICTOS, por Dr. Laís Marques da Silva



Os mitos são um modo muito rico de abordar aspectos complexos e multidimensionais da natureza humana. O mito de Orestes mostra claramente a necessidade e a importância da verdade, da verdade completa e não da meia verdade, que ainda é uma mentira, para se poder desfrutar de boa saúde mental.

O Mito de Orestes
Orestes era filho de Agamenon e de Clitemnestra. Com a Guerra de Tróia, houve o longo afastamento do lar por parte de Agamenon. Clitemnestra havia sofrido um trauma intenso com o sacrifício de Ifigênia, quando da partida da esquadra para Tróia. Estando Agamenon ausente, Clitemnestra se junta ao amante, Egisto, e os amantes assassinam Agamenon quando do seu regresso à pátria. Orestes fica, então, com um terrível e insolúvel dilema: a maior obrigação de um jovem grego era vingar o pai assassinado e a pior coisa que um jovem grego poderia fazer era assassinar a sua mãe. Orestes matou a mãe e o amante e foi penalizado pelos deuses do Olimpo com as Fúrias, que eram 3 Hárpias, que continuamente o rodeavam e tagarelavam no seu ouvido, causando-lhe alucinações e levando-o à loucura. Orestes corre mundo mas, sendo sempre perseguido, pediu um novo julgamento aos deuses para que a sua pena fosse aliviada. O deus Apolo fez a defesa de Orestes e disse no julgamento que todo o fiasco não era senão a culpa dos próprios deuses que não deram a Orestes nenhuma melhor escolha e que, assim, ele não poderia ser considerado culpado. Os deuses concordaram, mas Orestes se levantou e, opondo-se a Apolo, disse que tinha sido ele mesmo quem havia matado a mãe e não os deuses e por isso era culpado. Nunca, antes, ninguém tinha sido tão verdadeiro a ponto de, tendo sido passada a culpa aos deuses, afirmar que a culpa era realmente sua. Em razão deste fato, os deuses resolveram suspender a pena de Orestes e as Fúrias foram substituídas pelas Eumênides, cujo nome significa portadoras da Graça. Não eram mais vozes tagarelantes, irritantes e negativas, mas sim vozes de sabedoria.

Este mito mostra a transformação da doença mental em extraordinária saúde e a verdade é o preço de tão maravilhosa transformação.

O grupo de A.A. é o local de encontro com a verdade. A verdade tem vitalidade, tem vida própria, do mesmo modo que a unidade tem poder.

A freqüência aos grupos é indispensável. Notamos que muitas pessoas esquecem os princípios, que não os aprendem bem ou os aplicam de modo deficientemente de modo que não são transformados em hábitos regulares e formas de pensamento habituais. Ao longo do tempo, perdem a motivação e a inspiração e param de tentar. A motivação é como o fogo; as chamas se apagarão se o fogo não for alimentado.

A verdade de quem escuta ajuda a quem faz o depoimento a encontrar a sua verdade, fundamento da recuperação.

A qualidade de ser alcoólico. Essa é a característica que permite que quem escuta um depoimento seja capaz de compreender, de aceitar o que é relatado, de não julgar. 

Coragem por parte do companheiro e compreensão por parte dos membros do grupo são essências para uma perfeita comunicação.

Um depoimento enriquecedor só é possível num ambiente sentido como sendo seguro, isto é, em que haja compreensão, não censura, não julgamento, nenhum comentário posterior. Mas em que haja empatia e a experiência prévia dos seus membros não os leve a se escandalizar.

Não importa como chegamos ao Programa de Recuperação, de crescimento espiritual. A verdade é que ele sempre esteve aqui, esperando por nós.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quem ama confia - Psiquê



A jovem princesa Psiquê era tao bela que com sua beleza ameaçava roubar os adoradores de Vénus. A deusa, indignada, mandou que seu filho Cupido a flechasse com um augúrio: Psiquê se apaixonaria pela mais horripilante criatura da Terra.

Enquanto Psiquê dormia, Cupido entrou em seu quarto - mas perturbado com sua beleza não pode atingi-la, e acabou ferido pela ponta de uma de suas flechas. O tempo passou, as irmas de Psiquê se casavam e ela vivia solitária. Seus pais, preocupados, buscam providencias com o oráculo, que sentencia: a jovem esta destinada a viver com um monstro e deve ser deixada ao pé de uma colina.

Ela é levada por Zéfiro até um bosque exuberante e ali adormece. Ao acordar, Psiquê passeia e encontra uma fonte de águas cristalinas as bordas de um palácio de ouro. La dentro uma voz anônima dizia que esta era sua nova casa - ali ela era rainha. Em seus aposentos encontrou vestes finas e ricos objetos. Arrumou-se e foi até o salão principal. Esperava-a uma mesa farta de vinhos e iguarias maravilhosas. Ela se banqueteou sozinha.

De volta ao quarto, em total escuridão, Psiquê se deitou com o marido. Viveram uma noite de prazeres. Ela se apaixonou por ele mesmo sem conhecer suas formas. Meses depois, pediu ao esposo que trouxesse suas irmãs - tinha saudades e queria que todos soubessem de sua felicidade. Trazidas por Zéfiro, suas irmãs - enciumadas - envenenam sua alma.

Elas a convencem a desvendar o mistério e atormentado, Psiquê se arma de uma faca e entra no quarto enquanto o marido dormia. Ele estava coberto por um tecido fino, e quando lhe retira o véu Psiquê se estarrece com sua beleza - era delicado como um anjo e tinha asas. Ela estremece e deixa cair da lamparina um pouco de óleo sobre o peito de Cupido. Ferido, o jovem Deus desperta indignado: havia sido traído. “Quem ama confia" - ele diz. Agora, Psiquê deveria voltar para sua família.

Inconformada, Psiquê passa a vagar sem sossego. Aconselhada pela deusa Ceres, desolada, ela procura Vénus para pedir perdão, mas a deusa está furiosa pela dor do filho. E diz que só a ouvirá depois que Psiquê separar todos os cereais desarrumados no celeiro.

É um trabalho impossível, e ela começa a chorar - mas Cupido envia ao celeiro todas as formigas do mundo para separar os grãos. A noite os cereais estão arrumados. Vênus então ordenou que Psiquê atravessasse o rio e lhe trouxesse a rara lã das ovelhas ferozes do vale. Ajudada por Rio-Deus, ela colhe apenas a lã deixada, pelas ovelhas, presa nos galhos.

Mas Vénus esta ainda furiosa - e ordena que Psiquê lhe traga a caixa da beleza de Prosérpina, que habita os internos. Psiquê se descia - mas uma voz a orienta, lhe indica caminhos e adverte: não deveria jamais abrir a caixa. Psiquê vence monstros, ilude deuses e consegue que Prosérpina lhe de a beleza que pede Vénus. Mas não vence a curiosidade e ao abrir a caixa, é coberta pelo sono da morte. Cupido a salva com uma de suas amorosas flechas - e a repreende mais uma vez. Depois, implora a Júpiter que transforme a amada em deusa - é a única maneira de Vénus deixa-la em paz. Cupido e Psiquê então se amaram ternamente. De seu amor nasceu uma filha - que se chamou Prazer.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Complexos de Édipo





No centro do “Id”, determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas. Freud introduziu o conceito no seu Interpretação dos Sonos (1899). O termo deriva do herói grego Édipo que, sem saber, matou seu pai e se casou com sua mãe. Freud atribui o complexo de Édipo às crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse que o estágio geralmente terminava quando a criança se identificava com o parente do mesmo sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se o relacionamento prévio com os pais fosse relativamente amável e não traumático, e se a atitude parental não fosse excessivamente proibitiva nem excessivamente estimulante, o estagio seria ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma neurose infantil que é um importante precursor de reações similares na vida adulta. O Superego, o fator moral que domina a mente consciente do adulto, também tem sua parte no processo de gerar o complexo de Édipo. Freud considerou a reação contra o complexo de Édito a mais importante conquista social da mente humana. Psicanalistas posteriores consideram a descrição de Freud imprecisa, apesar de conter algumas verdades parciais.



Referência:http://freudlatusensu.wordpress.com/a-psicanalise-resumao-freud/

Bob Marley

 
Posted by Picasa

domingo, 13 de maio de 2012

Frases para Facebook





"Cada um fez a sua escolha.Você escolheu me magoar, ser falsa, mentir pra mim e ser indiferente a tudo isso. Eu, por falta de opção, escolhi não te perdoar."
Matheus Bogo


"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."
Clarice Lispector


"Passa-se a acreditar naquilo que se repete frequentemente para si mesmo, quer seja verdade ou mentira. Isso passa a ser um pensamento dominante na mente."
Robert Collier


"Passamos a vida a mentir, até, sobretudo, talvez apenas, àqueles que amamos. Com efeito, somente esses podem pôr em perigo os nossos prazeres e fazer-nos desejar a sua estima."
Marcel Proust


"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te."
Friedrich Nietzsche


"Mentir é maldade absoluta. Não é possivel mentir pouco ou muito; quem mente, mente. A mentira é a própria face do demônio."
Victor Hugo


" mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira."
Legião Urbana











Desolado


Hoje eu estou desolado e não tenho razões para mentir, e vivo da minha desolação o meu processo de continuidade, porque se eu nego o sofrimento que me ataca, ele nunca vira arte dentro de mim.

Padre Fábio de Melo


Lições da vida


Muitas vezes os golpes partem de quem você menos espera. A porrada é muito grande e não tem quem não sinta. 

Quando mais você necessita de ajuda, muitas portas se fecham. São seres que se dizem cristãos mas se habituaram a praticar a desumanidade. Frequentam igreja, oram, fazem preces, mas o verdadeiro amor cristão não existe. Evangelizar, louvar, ir aos cultos, adentra templos, para quê ? Para enganar a si mesmo na esperança de estar enganando Deus? Que gente é esta que ao invés de unir, separa? 

Vem o distanciamento e com ele a ausência. Do nada brota o vil silêncio. Transborda a indiferença. A ingratidão, realmente é uma pantera... A ausência prolongada produz a desafeição, o descondicionamento emocional. Machuca, mas com o passar do tempo alivia e passa. Nada é permanente, só Deus.

Vem na cabeça mil e uma lembranças do bem que se fez e de nada adianta fazer alguém recordar seus momentos de aperto e dificuldade e da porta que você abriu e acolheu. Os benefícios - todos - serão esquecidos. Acolher é um verbo que invariavelmente fica no pretérito. A  falta de reconhecimento faz parte do jogo do esquecimento conveniente, das racionalizações, das mentiras e manipulações.

O amor de Deus, tão invocado em momentos de extrema necessidade, é vão. Não existe. Tem gente que tem o coração de pedra e a mente vazia.

Esses golpes repentinos da vida servem como aprendizagem, como lição de vida. Um  dia, as mesmas pessoas que viraram as costas e se foram, voltarão um dia. Se aproximarão. Vão proferir palavras, e palavras que nunca fala com o coração, já não merece crédito. Mas você é um verdadeiro cristão e sabe perdoar, mesmo sabendo dos golpes que levou, das dores e das amarguras que carregou sozinho. 

Você perdoa, mas não esqueçe. Você olha nos olhos das pessoas falsas e parece que elas não compreendem que você sabe ler a alma humana, porque aprendeu a ser verdadeiramente humano. Conheceu a si mesmo. Mesmo assim você ama o próximo como a si mesmo, como quem toma uma bofetada e dá a outra face. Você é capaz de estender a mão a quem lhe apunhalou, a quem lhe  deixou  quando imaginou que o barco iria naufragar. São como os ratos que habitam os porões dos navios.

O importante é estar vivo, em todos os sentidos, e sabe que quem rasteija é cobra e Deus não dá asa a cobra, embora o demônio tenha dado o veneno. 

É fácil desculpar-se, pedir que o outro se modifique, enquanto dentro de se próprio nada muda. Vai ser sempre assim...

Do outro lado da ponte chamada "longe demais", existe uma outra família e, talvez fosse o correto, o mais razoável, atravessar a ponte como quem atravessa o Rubicão. 

Que siga no barco de Caronte e encontre o seu definitivo lar. 

Não, não é isso que desejo, existe a possibilidade de alguém se converter, mas, infelizmente, tem gente que nasceu para ser maligno(a), pegajoso(a), traiçoiero(a), astucioso(a)... Irão lhe furtar a paz e lhe tirar a serenidade e tudo mais, de bens materias que puderem levar. 

Vai, segue seu caminho, que é de luz e faz aquilo que Deus ordenar. Que não se cumpra a sua vontade, mas a vontade do poder maior que habita em nós. 

sábado, 3 de março de 2012

Pedra Bonita, de José Lins do Rego Pedra Bonita, de José Lins do Rego


Em 1938 é publicado Pedra Bonita, de José Lins do Rego, romance que dá início ao ciclo do cangaço associado ao misticismo messiânico e ao flagelo das secas. Na obra, o chamado santo era um louco, como Antônio Conselheiro, e o drama se desenrola em torno de uma espécie de loucura coletiva.

Como já citado, o misticismo e o cangaço estão presentes em Pedra Bonita. A provável fonte temática, bem como a oralidade da narrativa, nesses casos, teria sido a literatura de cordel, como afirma o próprio autor:

(...) Os cegos cantadores, amados e ouvidos pelo povo, porque tinham o que dizer, tinham o que contar. Dizia-lhes então: quando imagino meus romances, tomo sempre como modo de orientação o dizer as coisas como elas surgem na memória, com o jeito e as maneiras simples dos cegos poetas.

Pedra Bonita é o relato da tragédia pernambucana de 1838, onde morreram várias pessoas, para que com seu sangue fossem lavadas as duas torres da catedral do reino de D. Sebastião, encantado nas duas pedras ali existentes.

Ao ler a obra, temos a impressão de que é atualíssima, uma vez que não fala simplesmente sobre um relato a respeito de Pedra Bonita, porém nas entrelinhas vemos a construção de uma região, o Nordeste, humilde que serve de cenário para heróis, coronéis, santos, místicos, "bandidos", fanáticos e aventureiros cantadores de viola etc. É um círculo vicioso do qual não vemos saída, a não ser que haja um progresso muito grande na mente humana. Isso é fundamental no desenrolar do texto, que procura mostrar os conflitos político, econômico, religioso e social em torno destes elementos reais enquanto legitimadores de um regime, de uma determinada articulação social. 

O livro, mesmo tendo mais de meio século de sua primeira publicação, apresenta uma ótima coerência interna, explorando muito bem a temática e a imagem do Nordeste sofrido. 

Iniciando a análise pelo povoado de Vila do Açu, próximo a Pedra Bonita, o autor monta a trama do romance; nesse cenário vão se destacando uma gama de personagens individualizados e enlaçados as suas neuroses, suas paixões e para seu modo de vida, como o menino Antônio Bento que fora parar na casa do Padre Amâncio trazido pela mãe em virtude da seca de 1904; D. Eufrásia, a irmã do Padre, mulher de personalidade forte e autoritária que vez ou outra aparecia na vila; a negra Maximiliana, criada da casa paroquial, que só tinha alegria quando tornava umas pingas; D. Fausta e a sua aversão crônica ao pai que só tinha olhos e carinho para os pássaros que criava; o sacristão Laurindo e a sua mulher; as beatas;Joca Barbeiro, o bisbilhoteiro que ficava horas a fio em baixo da tamarineira da praça falando da vida de todo mundo; o bodegueiro que saiu explorando o sertanejo; o tirânico juiz Dr. Carmo, sua mulher e o seu filho arruaceiro; e tantos outros. 

E ainda, nesse cenário exótico é retratado também de forma contundente, o confronto de dois grupos na política municipal. Em seguida, discorre o povoado do Araticum, começando pelo semi-árido físico onde aparece a geografia do sertão, o clima semi-árido, a vegetação típica ­ caatinga - e a questão das secas, o tipo que habita, nesse clima, transcende a figura de Bento Vieira, criatura seca, desumana e imparcial a tudo que lhe rodeia, sua mulher, a sofredora Sinhá Josefina, seus dois filhos – Aparício, violento, brigão e Domício, tenro e sonhador. A caminho de Pedra Bonita aparece o místico Zé Pedro que conhece todos os mistérios e segredos da região. Por fim, é nesse palco e com essas personagens inquietas e conflituosas que o autor relata de maneira contundente a dizimação total da família Vieira, absorvida pelo fanatismo religioso e o envolvimento com o cangaço.

A ação divide-se em duas partes. 

Primeira parte - No vilarejo de Açu, o vigário cuida do menino Antônio Bento desde pequeno. Frustrada a intenção de colocá-lo no seminário, Bento torna-se sacristão do padrinho. Porém a população do povoado hostiliza-o porque ele participa de um grupo desencaminhado. Protegendo-o, o padrinho acusa o juiz da cidade como responsável. O juiz, transferido para a capital, não lhe perdoa e, por sua vez, acusa-o de proteger bandidos.

Segunda parte - Passa-se em Pedra Bonita, para onde fora Bentinho. O irmão de Bento o inicia nos segredos da Pedra Bonita, mata um soldado e torna-se cangaceiro. Bentinho fica indeciso entre a doutrina do Padre Amâncio e a crença de sua gente, vendo pobres, aleijados e enfermos enlouquecidos na ânsia de cura.

Bentinho retorna a Açu e fica com os seus.

domingo, 11 de setembro de 2011

Ditos Populares


A Sabedoria dos Ditados
Rogério Lacaz-Ruiz
"É a mulher que faz ou desfaz a casa"
"Deus, que é eterno faz com que cada um tenha o seu dia"

(Provérbios árabes)

O ser humano começa a amadurecer quando toma consciência das próprias limitações. Muitas pessoas morrem com idade avançada, mas nem todas morrem com espírito jovem. O ser humano é limitado, e as coisas que o cercam também! Uma das limitações humanas é a linguagem. E os problemas de comunicação aparecem, queiramos ou não.
O que há em comum então entre os homens? Qual o denominador comum? Enxergamos limites distintos nas pessoas..., mas elas continuam sendo pessoas! Segundo Boécio (sec.V) a pessoa é uma substância individual de natureza racional. Tudo o que diz respeito a natureza hu-mana, é comum a todos. Nem por isso, perdemos nossa individualidade; somos responsáveis pelos nossos atos, e não podemos desfazê-los. O falar, o escrever, são atos humanos.
A sociabilidade do homem, não exclui sua individualidade. A sociedade continuará existindo, independente de nós; e existem certos princípios que valem para todos os homens. Estes princípios, que fazem parte da cultura, são valores transmitidos de geração em geração, de pais para filhos, e correspondem ao mundo real, e à verdade das coisas. Por este motivo são perenes e universais, contrapondo aos chavões, próprios de algum lugar, ou limitados no tempo.
Os ditados, ou "...sentenças do ocidente medieval e da tradição árabe (amthal) são totalmente distintos dos sentenciários contemporâ-neos, veiculados por livros folhinha, livros-agenda e demais pílulas de otimismoreflexão em gotas, etc ... Sentenças hoje, sentenças dos antigos. Há porém, uma decisiva diferença entre nosso pensamento minimalista e a sabedoria dos antigos: nós estamos voltados somente para o interessante; eles, para a verdade das coisas." (Lauand, 1994.)
Por estes motivos - o da universalidade e o da perenidade -, vale a pena recordar alguns ditados populares, que irão enriquecer o nosso cotidiano, e poderão contribuir para simplificar as nossas relações sociais, ou mesmo o viver.
Um primeiro exemplo, vem de Tomás de Aquino (1225-1274) São sentenças usadas em seus escritos, ou cunhadas por ele próprio. Des-te modo, verificamos que muito do que dizemos hoje, já era lugar-comum há alguns séculos, o que reforça sua perenidade e universalidade.
1. "O poder mostra o que o homem é"
2. "Cada qual com seu igual"
3. "Para frente é que se anda"
4. "Uma andorinha só não faz verão"
5. "Ler e não entender é negligenciar"
8. "Quem diz as verdades, perde as amizades"
9. "A verdade gera o ódio"
10. "Sou homem e tudo o que é humano me diz respeito" (Terêncio)
Também para a tradição ocidental, os ditados e sentenças de ori-gem latina representam um tesouro cultural. Fumagalli (1955) recolheu 2948 "sentenze proverbi motti divise frasi e locuzioni latine", e alguns, que dizem respeito particularmente ao homem, podem ser recordados.
1. Homo est animal bipes sine pennis (Platão)
"O homem é um animal bípide sem penas".
2. Homo est animal bipes rationale (Boecio)
"O homem é um animal bípide racional".
3. Homo de humo (S. Bernardo)
"O homem é feito da terra".
4. Homo proponit, sed Deus disponit (Tomás de Kempis)
"O homem propõe e Deus dispõe".
É curioso notar a perenidade destes ditados, pois "O homem pro-põe e Deus dispõe" foi escrito por um europeu que nasceu em 1380; Boé-cio era do sec.V; S. Bernardo (1090-1153) e Platão (427-349 a.C.). E com certeza já escutamos de algum familiar um destes dizeres. O conhecido provérbio "Mais vale um pássaro na mão, do que dois voando" é de origem árabe, e foi usado na França medieval. (Hanania, 1995.) e o "Antes só do que mal acompanhado" ("Mejor sería andar solo que mal acompañado") já era usado em 1335 na Espanha. (Fujikura, 1995.)
Os provérbios chineses, tem uma característica muito peculiar: são compostos de quatro ideogramas e, segundo Horta (1997), "Trata-se de um máximo de informação em um mínimo de espaço." Estes provérbios, são tidos também como um "tesouro, revelando estruturas universais da vida..."
1. Chi Ren Shuo Meng (Idiota Pessoa Falar Sonho)
- Usado quando alguém diz algo absurdo.
2. Yu Su Bu Da (Desejo Velocidade Não Sucesso)
- Semelhante ao provérbio "A pressa é inimiga da perfeição".
3. Hua Er Bu Shi (Flor mas não fruto)
- Para pessoas que tem uma aparência, mas não conteudo.
4. Fu Shui Nan Shou (Derramar Água Difícil Coletar)
- Em nosso meio, diríamos: "Não adianta chorar o leite derramado".
5. Dui Niu Tan Qin (Conforme Vaca Tocar Alaúde)
Ou seja "Não jogue pérola aos porcos".
Apesar de notarmos que algumas sentenças e provérbios descritos anteriormente utilizam as características dos animais domésticos para fa-zer alguma analogia com o homem, vale a pena recordar outros, ampla-mente utilizados em nosso meio.
1. Não coloque o carro na frente dos bois.
2. Você levou gato por lebre.
3. Caiu do cavalo.
4. Montou no porco.
5. Cacarejar e não botar ovos.
6. Quem se faz de cordeiro será comido pelo lobo.
7. Quem não tem cão, caça com gato.
8. Macaco que muito pula quer chumbo.
9. Macaco velho não mete a mão em cumbuca.
10. Filho de peixe, peixinho é.
11. Quem quebra o galho é macaco gordo.
12. Animal que urina para trás, coloca o dono para frente.
13. Passarinho que come pedra sabe o ânus que tem.
14. Cão que ladra não morde.
15. A cobra vai fumar.
16. Cada macaco no seu galho.
17. Cutucar a onça com a vara curta.
18. Lobo com pele de cordeiro.
19. Ovelha negra da família.
20. Chutar cachorro morto é fácil.
21. Não cortar a pata do burro por um único coice.
22. Matar dois coelhos com uma cajadada só.
23. A cavalo dado não se olha os dentes.
24. Gato escaldado tem medo de água fria.
25. Os cães ladram e caravana passa.
26. Não jogar pérola aos porcos.
27. Quando o gato sai, os ratos fazem a festa.
28. Focinho de porco não é tomada.
29. Em rio com piranha, jacaré nada de costas.
30. Jacaré que fica parado vira bolsa.
31. Está na hora da onça beber água.
32. Um dia é o da caça, outro do caçador.
33. Não chame o papagaio de meu louro.
34. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
35. Fez do lobo o guardião de ovelhas.
Como se pode observar, as palavras ganham força, quando se ade-quam a realidade, quando dizem respeito ao ser humano e a sua natureza. Recordar os ditados, sentenças, provérbios de diferentes origens e épocas históricas, reforça a tese de que são universais e perenes; e que podem ser aplicados no dia-a-dia para simplificar a vida, retratar uma realidade, ou até mesmo ajudar, com bom humor, um amigo a (re)ver algo.
Referências Bibliográficas
Fujikura, A.L.C. "Provérbios literários e "enxiemplos"" da Espanha Me-dieval. In: L. J. Lauand (org.) Oriente & Ocidente: Idade Média: Cultu-ra popular. São Paulo: EDIX/ CEAr/DLO-FFLCH/USP, 1995, pp.25-30.
Fumagalli, G. L’ape Latina: 2948 sentenze proverbi motti divise frasi e locuzioni latine. Milano: Hoepli, 1955, p.108-109.
Hanania, A.R. "Une foiz es la premiere - Provérbios franceses medievais" In: L. J. Lauand (org.) Oriente & Ocidente: Idade Média: Cultura popu-lar. São Paulo: EDIX/ CEAr/DLO-FFLCH/USP, 1995, pp.19-24.
Horta, S.R.G. "Provérbios na tradição chinesa". In: Bretzke, G.G. & Horta, S.R.G. Calidoscópio. São Paulo: Mandruvá, 1997, p.51-58.
Lauand, L.J. "Sentenças de sabedoria dos antigos". In: Hanania, A. R.; Lauand, L.J. Oriente & Ocidente: Sentenças e sabedoria dos antigos. São Paulo: EDIX/Centro de Estudos Árabes DLO-FFLCH/USP, 1994.


CRÉDITO: VIDETUR LIBRO2

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Considerações sobre o que é o Humano e o que é Humanizar, Jaime Betts



O que é o humano? O humano é o efeito da combinação de três elementos: a materialidade do corpo, a imagem do corpo e a palavra que se inscreve no corpo.  
O que diferencia o ser humano da natureza e dos animais é que seu corpo biológico é capturado desde o início numa rede de imagens e palavras, apresentadas primeiro pela mãe, depois pelos familiares e em seguida pelo social. É esse banho de imagem e de linguagem que vai moldando o desenvolvimento do corpo biológico, transformando-o num ser humano, com um estilo de funcionamento e modo de ser singulares. 

O fato de sermos dotados de linguagem torna possível para nós a construção de redes de significados, que compartilhamos em maior ou menor medida com nossos semelhantes e que nos dão uma certa identidade cultural. Em função da dinâmica de combinação desses três elementos, somos capazes de transformar imagens em obras de arte, palavras em poesia e literatura e sons em fala e música, ignorância em saber e ciência. Somos capazes de produzir cultura e a partir dela, intervir e modificar a natureza. Por exemplo, transformando doença em saúde. 

Entretanto, acontece que a palavra pode fracassar e onde a palavra fracassa somos capazes também das maiores barbaridades. A destrutividade faz parte do humano e a história testemunha a que ponto somos capazes de chegar. O homem se torna lobo do homem. Passamos a utilizar tudo quanto sabemos em nome de destruir aos humanos que consideramos diferentes de nós e por isso mesmo achamos que constituem uma ameaça a ser eliminada. Essa destrutividade pode se manifestar em muitos níveis e intensidades, indo desde um não olhar no rosto e dar bom dia, até o ato de violência mais cruel e mortífero. 

Então, o que é humanizar? Entendido assim, humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética. Ou seja, o sofrimento humano, as percepções de dor ou de prazer no corpo, para serem humanizadas, precisam tanto que as palavras com que o sujeito as expressa sejam reconhecidas pelo outro, quanto esse sujeito precisa ouvir do outro palavras de seu reconhecimento. Pela linguagem fazemos as descobertas de meios pessoais de comunicação com o outro, sem o que nos desumanizamos reciprocamente. 

Isto é, sem comunicação não há humanização. A humanização depende de nossa capacidade de falar e ouvir, pois as coisas do mundo só se tornam humanas quando passam pelo diálogo com nossos semelhantes. 
O compromisso com a pessoa que sofre pode ter basicamente três, ou quatro, tipos de motivação. Pode resultar do sentimento de compaixão piedosa por quem sofre, ou da idéia de que assim contribuímos para o bem comum e para o bem-estar em geral. Pode resultar também da paixão pela investigação científica, que se funda sobre o ideal de uma pura “objetividade”, com a exclusão de tudo quanto lembre a subjetividade. Um quarto tipo de motivação de compromisso pode resultar da solidariedade genuína.  

Cada uma dessas motivações tem conseqüências distintas no que diz respeito à humanização. É interessante se observar que no transcurso do século XIX as três estratégias de políticas de assistência à saúde que predominaram são aquelas fundadas na ética da compaixão piedosa, no utilitarismo clássico de Bentham e Stuart Mill e no discurso tecno-científico, sendo que existe uma complementaridade entre essas três estratégias.  

Juntas, elas compõem as modernas estratégias de biopoder, que interferem em nossa existência na medida em que propõe uma nova utopia, a da saúde perfeita num corpo conceitual biônico Essas estratégias passam a assistir nossas necessidades mais elementares e íntimas, vigiando nossos movimentos, discutindo nossa sexualidade e vigiando nossos movimentos em nome de cuidar de nossa saúde. A saúde passa a ser valorizada como um bem acima de qualquer discussão, justificando assim formas coercitivas de controle social em nome da utilidade e da felicidade do maior número, da piedade compassiva pelos que sofrem e do condicionamento de comportamentos considerados mais saudáveis pelo saber médico científico higienista do momento. Tudo isso sem qualquer tipo de questionamento a respeito do que as pessoas envolvidas pensam e tem a dizer sobre o assunto. É preciso ressaltar aqui que a capacidade de cuidar, assistir e aliviar o sofrimento em saúde pública não implica necessariamente que a assistência seja uma intromissão coercitiva. 

A utopia da saúde perfeita surge de forma clara na própria definição da saúde proposto pela OMS em 1948, como sendo o “estado de completo bem-estar físico, mental e social, não meramente a ausência de doença ou enfermidade.” Essa definição tem o mérito de ampliar o escopo de um modelo estritamente biomédico de saúde como presença/ausência da doença ou enfermidade enquanto desvio da normalidade causada por uma etiologia específica e única, tratada pela suposta neutralidade científica da ciência médica. O aspecto utópico está contido na idéia de um estado de completo bem-estar. 

Sabemos, desde Mal-estar na Civilização , que um estado de completo bem-estar simplesmente não existe, a não ser na morte, como estado absoluto de ausência de tensão. Bem ao contrário do que a utopia da saúde perfeita propõe, a civilização moderna vem exigindo da humanidade cada vez mais renuncias às satisfações de seus impulsos e oferecendo cada vez menos referências simbólicas em nome das quais essas renuncias poderiam ser suportadas.  

A lógica da compaixão piedosa , por sua vez, compõe um jogo perverso e desumanizante, difícil de se evidenciar, pois é uma prática muito arraigada em nossa sociedade ocidental, tendo como figura principal no século passado a dama de caridade, que tinha um estatuto de benfeitora divina em função de seus atos de ofertar esmola e filantropia. A dama de caridade vem sendo progressivamente substituída pela enfermagem, herdeira maior dessa lógica que muitas vezes ainda motiva suas ações no ambiente hospitalar. 

O aspecto desumanizante da compaixão piedosa está no fato de que ela faz das diferenças o fundamento para relações dissimétricas que ela institui entre o benfeitor e o assistido. Essa lógica instaura um exercício de poder de coerção e submissão sob um discurso de humanismo desapaixonado e desinteressado, gerando, além da obediência e da dependência, uma sensação de dívida e gratidão eternas pela caridade recebida. 

Caponi ressalta que no ato de compaixão existe uma sutil defesa de nós mesmos, no sentido de nos libertarmos de um sentimento de dor que é nosso, pois o contratempo sofrido pelo outro nos faz sentir impotência, caso não corramos em socorro da vítima, e o temor de que o infortúnio possa nos acontecer. Ou seja, no ato de compaixão não estamos sendo completamente generosos e desinteressados, pois estamos indo, na verdade e em primeiro lugar, em socorro de nós mesmos. 

Outro aspecto é que existe na compaixão um fundo de vingança disfarçada, de sadismo mesmo, pois é preciso que o infortúnio e a desgraça existam e aconteçam com o outro para que nós possamos nos aliviar de nossa própria angústia ao mesmo tempo que supomos que nos engrandecemos moralmente com nossa caridade. É por isso que no sentimento de compaixão, segundo Nietzsche , a dor alheia é despojada do que ela tem de pessoal, de singular e irredutível, pois o compassivo julga o destino sem se preocupar em saber nada sobre as conseqüências e complicações interiores que o infortúnio tem para o outro. Ou seja, quando realizamos atos de caridade, agimos impulsionados pelo júbilo sádico provocado pelo espetáculo de uma situação, masoquista, oposta à nossa. 

O problema da compaixão, quando se amplia e passa a fundamentar políticas de assistência, segundo Caponi , é que ela permanece alheia ao diálogo e exclui a argumentação, pretendendo superar uma necessidade, que muitas vezes é urgente, pela força do imediatismo. 
Outra forma de motivação do compromisso com a pessoa que sofre é fornecida pelo utilitarismo, que faz da procura da maior felicidade para o maior número a medida para todas os atos. Ou seja, um ato é correto se produz as melhores conseqüências para o bem-estar humano. Acredita-se no utilitarismo que o prazer ou bem-estar de um sujeito pode ser medido e comparado com o de outro. Como na cultura do individualismo a felicidade coletiva só pode ser pensada como a soma das felicidades individuais, o problema passa a ser como fazer com que a procura da felicidade individual possa ser integrada nessa felicidade coletiva. A solução passou a ser criar instituições de controle capazes de controlar e regulamentar as condutas dos indivíduos e dentre estas instituições está o hospital, além dos reformatórios, presídios, asilos, etc. 

Nesse sentido, as instituições de assistência pública de saúde se fundamentam faz dois séculos pelos critérios de bem-estar geral, urgência social e de felicidade e interesse comuns. E suas ações, campanhas e programas partem das certezas de que sempre atuam em nome e pelo bem daqueles a quem pretendem ajudar, sendo que supõe conhecer esse bem de um modo claro e distinto, sem necessidade de consultar antes aos “beneficiados”. Uma política de assistência fundamentada sobre esses pressupostos prescinde de argumentos, exclui a palavra e emudece qualquer diálogo. 

Tanto a ética utilitarista, quanto a ética compassiva são, por si só, desumanizantes pelo fato de colocarem os princípios acima dos sujeitos envolvidos, banindo as decisões tomadas coletivamente com base no diálogo e argumentação, pois essas éticas consideram que os princípios religiosos ou de utilidade geral são os únicos que podem determinar de antemão o que dever ser levado em consideração e feito. 

Uma terceira motivação de compromisso com a pessoa que sofre é trazida pelo discurso tecno-científico e a paixão que a suposição de objetividade e neutralidade da ciência desperta no homem moderno. O desenvolvimento científico e tecnológico tem trazido uma série de benefícios, sem dúvida, mas tem como efeito colateral uma inadvertida promoção da desumanização. O preço que pagamos pela suposta objetividade da ciência é a eliminação da condição humana da palavra, da palavra que não pode ser reduzida à mera informação de anamnese, por exemplo. Quando preenchemos uma ficha de histórico clínico, não estamos escutando a palavra daquela pessoa e sim apenas recolhendo a informação necessária para o ato técnico. Indispensável, sem dúvida. Mas o lado humano ficou de fora. O ato técnico, por definição, elimina a dignidade ética da palavra, pois esta é necessariamente pessoal, subjetiva, e precisa do reconhecimento na palavra do outro. A dimensão desumanizante da ciência e tecnologia se dá, portanto, na medida em que ficamos reduzidos a objetos de nossa própria técnica e objetos despersonalizados de uma investigação que se propõe fria e objetiva. Um hospital pode ser nota 10 tecnologicamente e mesmo assim ser desumano no atendimento, por terminar tratando às pessoas como se fossem simples objetos de sua intervenção técnica, sem serem ouvidas em suas angústias, temores e expectativas (informação considerada desnecessária e perda de um tempo precioso) ou sequer informadas sobre o que está sendo feito com elas (o saber técnico supõe saber qual é o bem de seu paciente independentemente de sua opinião). 

Por outro lado, o problema em muitos locais é justamente a falta de condições técnicas, seja de capacitação, seja de materiais, e torna-se desumanizante pela má qualidade resultante no atendimento e sua baixa resolubilidade. Essa falta de condições técnicas e materiais também pode induzir à desumanização na medida em que profissionais e usuários se relacionem de forma desrespeitosa, impessoal e agressiva, piorando uma situação que já é precária. É importante lembrar, com o poeta, que mesmo em tempo ruim, agente ainda dá bom dia! Sempre podemos nos questionar diante de circunstâncias adversas a respeito do que podemos fazer mesmo assim para melhorar. 

Uma quarta motivação para o compromisso com quem está em sofrimento é propiciada pela solidariedade. A solidariedade abre uma perspectiva de humanização, pois ela somente se realiza quando a dimensão ética da palavra está colocada. Nesse sentido, segundo Caponi , a solidariedade implica uma preocupação por universalizar a dignidade humana, que precisa da mediação das palavras faladas e trocadas no diálogo com o outro para poder generalizar-se. Como uma relação autêntica com o outro implica um mínimo de alteridade e aceitação da pluralidade humana como algo irredutível, o laço social humanizante somente se constrói pela mediação da palavra. É somente pela mediação da palavra trocada com o outro que podemos tornar inteligíveis nossos próprios pensamentos, anseios, temores e sofrimentos. Nossos sentimentos e sensibilidades só tomam forma e expressão na relação simbólica com o outro. Enfim, as coisas do mundo se tornam humanas quando as discutimos com nossos semelhantes. 

Nesse sentido, humanizar a assistência hospitalar implica dar lugar tanto à palavra do usuário quanto à palavra dos profissionais da saúde, de forma que possam fazer parte de uma rede de diálogo, que pense e promova as ações, campanhas, programas e políticas assistenciais a partir da dignidade ética da palavra, do respeito, do reconhecimento mútuo e da solidariedade. 

1. Didier-Weill, A. A Nota Azul – Freud, Lacan ea Arte. Rio de Janeiro, Ed. Contracapa, 1997. 
2. Caponi, S. Da Compaixão à Solidariedade – uma genealogia da assistência medica. Rio de Janeiro, Ed. Fiocruz, 2000. 
3. Idem. 
4. Sfez, L. A Saúde Perfeita. São Paulo, Ed. Loyola, 1996. 
5. Freud, S. O Mal-Estar na Civilização (1930). Edição Standard das Obras Completas de S. Freud, Vol. XXI. Rio de Janeiro, Ed. Imago. 
6. Caponi, S. Idem. 
7. Idem. 
8. Nietzsche. A Gaya Ciência. Os Pensadores. São Paulo, Ed. Nova Cultural, 1987. 
9. Caponi. Idem. 
10. Dumont, L. O Individualismo. Rio de Janeiro, Rocco, 1981. 
11. Caponi. Idem.

Crédito: Portal Humaniza
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

OPINIÃO

Este blog é destinado ao debate de temas políticos.
Portanto, participe sempre dando suas próprias
opiniões, com responsabilidade.

Seja bem vindo !