sexta-feira, 29 de julho de 2011

Caio Fernando Abreu



Tenho a boca afiada de punhais
não choro
olho os faróis com duros olhos
ardidos de quem tem febres
mas não sangro
as mãos vazias deixam passar o vento
lavando os dedos que não se crispam
não há palavras, nem mesmo estas
o único sentido de estar aqui
é apenas estar secamente aqui
cravado como um prego
em plena carne viva da tarde.

JULHO, 1980

Crédito: Letras e Livros

Guimarães Rosa


"Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."

"Sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e ajudando, mas quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois."

"Nunca digas que esqueceste um amor diga apenas que consegue falar nele sem chorar, pois o amor é... inesquecível"

Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.

Crédito: Pensador 

Pouco importa


"Não sei, não quero mais saber de nada. Já não me interessa mais. Pouco importa. Porque querer entender alguém que muda de acordo com o ambiente? Não sei porque escrevo essas coisas. Sua vida me dá muita pena, apesar de você querer aparentar ser forte. No fundo você é uma fraca que se obrigou representar o papel de mulher forte. O excesso de sofrimento lhe fez assim, rude, agreste, selvagem, do tipo que "não chora" porque aprendeu, em seu mundo de pouquíssimas mulheres, que homem não chora, mas, mesmo sabendo que não é homem você incorporou dentro de você esta idéia machista, que você não aceita porque nunca buscou se conhecer, de mergulhar introspectivamente em seu mundo e assim procede para evitar antigas recordações da infância, que sua memória, seletivamente, procura apagar do seu mundo real. no fundo você é uma pessoa nebulosa, envolta por uma intensa cerração. Parece que se trancou e jogou a chave fora. Inconstante e fugitiva e não sabe a razão porque foge. Você foge em busca da infância perdida, vive em função das perdas enquanto adolescente e se encontra presa, amarrada, como um saveiro no cais. Seu mundo é seco, sem mar, onde o horizonte parece ter fim nas terras do sem fim." 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O AMOR DE AGORA


DANTE MILANO





O AMOR DE AGORA


O amor de agora é o mesmo amor de outrora
Em que concentro o espírito abstraído,
Um sentimento que não tem sentido,
Uma parte de mim que se evapora.
Amor que me alimenta e me devora,
E este pressentimento indefinido
Que me causa a impressão de andar perdido
Em busca de outrem pela vida afora.
Assim percorro uma existência incerta
Como quem sonha, noutro mundo acorda,
E em sua treva um ser de luz desperta.
E sinto, como o céu visto do inferno,
Na vida que contenho mas transborda,
Qualquer coisa de agora mas de eterno.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Vida dupla, dupla vida, quem é você?


Sabe, sempre tive muita pena de você. Sei da sua infância sofrida. Do que ocorreu com sua família quando seu pai faleceu. Da luta pela posse do que lhes pertencia, por direito, e a luta de outras pessoas, interessadas em partilhar uma herança, que não mereciam e que cuidavam ter, por caprichos e preconceitos. Seu primo me contou sua vida na fazenda, das suas limitações, da criança que se vê em um teatro trágico e, em dado momento, vê o mundo colorido desbotando enquanto a família vai sendo "esquartejada", com os filhos distribuídos entre famílias de amigos, daqui e dali. Deve ser horrível, este tipo de separação e a separação é um sentimento que sempre esteve presente em sua vida, como uma marca na alma que já não mais incomoda, porque se acostumou com a dor produzida pelas inúmeras perdas sofridas.
Como deve ter sido marcada por traumas esta sua infância, sobre a qual nunca quis falar. Sobre este assunto, reina em seu coração um absoluto silêncio. Lembranças de uma criança indefesa diante de adultos que cheiravam e fediam como animais, cheios de instintos carnais e sem qualquer consciência para ajuizar os próprios atos.
Ora aqui, ora ali e nisso tudo a família pulverizada um dia volta a se reunir. Criada em parte pelos pais, depois por terceiros, veio a conhecer a escola depois de grandinha. Imagine estar em uma sala onde só tem uma pessoa grandinha, tendo que conviver no meio das pequenininhas? E os preconceitos versus seus sentimentos dentro de uma escola de religiosas, onde veio a conhecer a inveja e o despeito. Seu mundo sofria rápidas mudanças, como se você fosse predestinada a elas. Vejo muita dor em sua vida e vejo que ainda resiste, que ainda é forte. Noto apenas nas rugas que se formam em seu rosto, que são marcas do tempo, seu descontentamento, sua inconformidade, suas interrogações sobre sua própria vida e sobre seu destino e não acha as respostas, apenas acha o que mais lhe convém achar, e essa conveniência abranda seu sofrer estampado, sem marca d´água, em seu rosto envelhecido, como se ele fosse reflexo do chão seco da terra do solo rachado, em tempo de vacas mortas pela falta do precioso líquido da vida, sem o qual perecemos.
Mais tarde chega o tempo em que afloram desejos e o primeiro amor chega ao coração e, não mais que de repente, o grande amor se encerra em uma cena de traição. Terrível cena, em plena praça, desfilando com outra, em seu lugar, sem ter lhe dito nada, em silêncio, na surdina... Doeu tanto que do riso fez-se o pranto e você viu o seu primeiro amor fugindo, em uma separação absurda para o pobre coração, da pobre menina, humilhada publicamente sem qualquer palavra pronunciada. Traída por quem ela julgava ser o seu primeiro namorando. Tudo isso  publicamente, em uma cidade pequenininha.
Dai em diante raiva, ódio, desejo de vingança, são sentimentos atrozes que se apossam do seu ser – que ainda guardava a rudeza da vida na fazenda, no meio do mato, como se fosse bicho. Nasce uma fera, que busca manter a ternura, mas será, doravante uma fera ferida. As amigas aconselhando isso e mais aquilo e nada dava certo. Vem o desejo de reconquistar o que perdeu e o desgosto é indisfarçável. Sua alma ficou tão confusa, tão embaralhada, sua visão fixou-se em um único ponto, lugar comum entre mulheres: homem não presta, são todos iguais! Dai então sua vida começa a mudar, outra vez...

Tempos depois, você sente vergonha em repetir de ano em sua cidade e parte, sozinha, para a capital, para viver em casa dos tios. Mais uma vez separada e desta feita sofre outras duas novas separações.

Na capital não tinha fiscais para tomarem conta de você, não haviam velas, não tinha nada daquele controle que as mães têm quando as filhas moram com elas. Estava separada, só, saudosa, mas já ambientada em outro tipo de selva, que não era mais o lugar da sua infância, nem da adolescência. Tudo era diferente.
Você deu para ver gente usando drogas e você não gostava de drogas, pois viu um irmão destruindo a própria vida, e isso lhe chocava e enraivecia. Mas na cidade grande rolam afinidades e estas acabam gerando relacionamentos enrrolados e você que já havia sofrido um trauma por conta da infidelidade... Julgou que também deveria ser livre, sem vínculos, movida apenas pelo instinto do prazer e cheira e sente o pecado sem amarras. Tantas dores iam lhe alterando a personalidade e você já se sentia sob efeito anestésico. Tudo lhe era indolor. Mas o sofrer não acaba nunca. Apenas dá uma trégua.
Imagine se você pudesse voltar na vida e corrigir todos os seus erros e os erros alheios, seria tão bom, mas isso não é possível.
Seu mundo pode mudar para melhor e você só precisa reconhecer suas verdades como verdades, ao invés de viver negando uma infinidade delas, todas reais, como os dois pintinhos que jogou na lata de óleo e escondeu de todos, até o dia em que o pai encontrou os pobres coitados. Dois pintinhos indefessos jogados dentro de uma lata de óleo sem uma explicação racional.  A aprendizagem da mentira nasce de necessidades, de auto-proteção, como suas negações. E você mente e mente, mas não mente para todos. Confia em quem faz o mesmo que você, em quem você, no seu julgamento, diz que “não presta” e, por isso mesmo, é igual a você, não é mesmo? Agora sentia o amargo de ser amada, mas recusada para casar. Amada por uns dias, depois virava página virada, descartada de qualquer folhetim barato. Você não é mais ingênua e bem sabe o que sua realidade representa. Continua a pensar novas ilusões, mas suas verdades tornaram-se insuportáveis quando a máscara caiu. Uma nova separação, que se seguirá de outra e de outras tantas. Seu sofrimento parece não ter fim, por que tem uma inquietude na alma, que lhe acompanha desde a infância perdida. Volte e veja se consegue se encontrar, talvez consiga. Sempre resta uma esperança, pense nisso e volte crescida, adulta, mulher de verdade, sem fantasias, com as marcas deixadas pelo destino que lhe foi cruel, mesmo nos momentos de prazer.

domingo, 24 de julho de 2011

Mário Quintana


A idade de ser Feliz

A idade de ser Feliz


Existe somente uma idade para a gente ser feliz. Somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los, a despeito de todas as dificuldade e obstáculos. 

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso. 

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE, também conhecida como AGORA ou JÁ e tem a duração do instante que passa... 

domingo, 17 de julho de 2011

É Preciso Repensar a Nossa Vida, Al Berto



É preciso repensar a nossa vida. Repensar a cafeteira do café, de que nos servimos de manhã, e repensar uma grande parte do nosso lugar no universo. Talvez isso tenha a ver com a posição do escritor, que é uma posição universal, no lugar de Deus, acima da condição humana, a nomear as coisas para que elas existam. Para que elas possam existir… Isto tem a ver com o poeta, sobretudo, que é um demiurgo. Ou tem esse lado. Numa forma simples, essa maneira de redimensionar o mundo passa por um aspecto muito profundo, que não tem nada a ver com aquilo que existe à flor da pele. Tem a ver com uma experiência radical do mundo.
Por exemplo, com aquela que eu faço de vez em quando, que é passar três dias como se fosse cego. Por mais atento que se seja, há sempre coisas que nos escapam e que só podemos conhecer de outra maneira, através dos outros sentidos, que estão menos treinados… Reconhecer a casa através de outros sentidos, como o tacto, por exemplo. Isso é outra dimensão, dá outra profundidade. E a casa é sempre o centro e o sentido do mundo. A partir daí, da casa, percebe-se tudo. Tudo. O mundo todo.

Al Berto, in "Entrevista à revista Ler (1989)"

sábado, 16 de julho de 2011

RACIONALIZAÇÃO

Racionalização vista por um leigo


"No geral, há duas razões para tudo o que fazemos: a  razão alegada e a razão real".  Isto não é coisa de adicto, mas da vida, do ser humano, de cada um de nós. 
A racionalização é um dos mecanismos  de defesa do ego mais preponderante dentre os demais. Quando racionalizamos  nos tornamos desonestos, enganadores,
 com o senso de integridade corrompido. 
É muito comum encontrarmos justificativas  para nossas falhas, nossas ações, dai transformamos "nossas preferências  emocionais em conclusões racionais". 
Quando digo que vou para minha terra  ver minha irmã em véspera do são joão, na verdade estou indo mesmo passar o são joão em casa dela, porque é uma festa que eu gosto. Do mesmo modo que o sujeito que toma vinho alegando ser o mesmo ótimo para o coração. 
Na verdade bebe porque gosta da bebida. Ninguém toma cerveja por conta do malte, mas porque gosta de beber, verdade seja dita. Quando racionalizo utilizo a inteligência para negar a verdade, transformo desejos em fatos. A racionalização gera desonestidade consigo mesmo e, se sou desonesto comigo mesmo porque não serei com o próximo? Perdemos nossa autenticidade  através da sabotagem. Quando racionalizo sou insincero. A necessidade  de racionalizar busca fazer com que uma  verdade deixe de ser verdade e o mal se transforme no bem. Infelizmente a racionalização é largamente empregada  nas mais diversas situações. 
Ela se faz presente nos relacionamentos, ocorre com muita gente e não apenas com adictos, mas também pelos co-dependente. 
Cabe a quem se propõe agir de maneira honesta não mais se valer de um recurso que nos torna desonestos.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

ABANDONO


Dor do Abandono
Rosemeire Zago


Sensação de abandono na infância gera complexos

Um dos sentimentos mais difíceis de serem superados creio que seja a dor do abandono, da rejeição, da perda, que para muitas pessoas começa logo cedo. Não me refiro só ao abandono cujos pais o deixaram desde o nascimento. Mesmo quem teve pai e mãe presente, pode sentir-se abandonado, se sentir que sua mãe não o escutava, não ouvia. Quando a criança não é aceita em sua realidade, ela não vivencia a autenticidade de seus próprios sentimentos. Não é preciso que a criança seja órfã para ter esses sentimentos, mas é claro que serão mais intensos em quem realmente viveu ou vive a orfandade.

Quando o relacionamento primário fundamental foi comprometido, não havendo um envolvimento total dos pais com os cuidados básicos da criança, ela desenvolverá mecanismos inconscientes para contar com seus próprios recursos. É quando o bebê experimenta o abandono e passa desde muito cedo a agir como um ser independente, como se no fundo soubesse que não pode contar com mais ninguém. Diante desse abandono podemos encontrar três complexos psicológicos principais. Entendemos por complexo uma determinada situação psíquica de forte carga emocional, que muitos conhecem como "trauma". Ou seja, os complexos são portadores da energia afetiva.

Esses três complexos são:

- Profunda sensação de ausência pessoal de valor:
O calor materno oferece à criança a sensação de valor. Quando esse amor deixa de existir a pessoa se sente rejeitada, acha que fez alguma coisa errada, sendo assim, inaceitável, e passa a duvidar da razão de sua própria existência. Sentimento que pode perdurar durante anos ou uma vida inteira dentro de algumas pessoas e refletir em todas áreas de sua vida. A tão conhecida baixa auto-estima. A sensação de ter valor é essencial à saúde mental, pois quando se sente valiosa, a pessoa cuidará de si mesma de todas as maneiras que forem necessárias.

- Sensação de culpa:

Essa culpa não deve ser confundida com a culpa mais consciente que a pessoa sente quando faz algo. É uma culpa mais profunda, onde acaba por se culpar por não ser amado, aceito. Essa busca pela mãe, ou pela fonte de carinho e amor, pode desencadear outros processos na vida da pessoa. É como se estivesse sempre em busca dessa proteção. Sente que tem uma dor que não pode ser aliviada, e assim, acaba por sentir pena de si mesmo, desenvolvendo muitas vezes a auto-piedade. Espera, ainda, que os outros também a vejam assim, sempre esperando que alguém venha salvá-la.

Esse quadro pode gerar relacionamentos de muita dependência. Como perdeu sua ligação com a fonte de sustentação da vida, apega-se a toda pessoa que possa lhe oferecer segurança. Alguns se apegam a qualquer objeto, pessoa ou forma de comportamento que representa segurança, como sexo, dinheiro, comida, drogas, entre outros. Até o momento de perceber, o que muitas vezes pode levar anos, que esse objeto não tem o mesmo significado e não irá efetivamente suprir essa carência e esse vazio.

Poderá também desenvolver muita dificuldade em lidar com a solidão. Como não tem o bastante de si mesma, sente que tem valor apenas quando está na presença de outra pessoa, como se fosse vital para sua sobrevivência. Pode ainda desenvolver uma dependência mútua, criando um verdadeiro elo simbiótico inconsciente, ou seja, o que muitos vivem e conhecem como relação doentia. Onde nenhum dos dois consegue deixar esse vínculo, apesar do sofrimento instalado. Essa situação de excessiva dependência entre duas pessoas cria uma situação psicológica improdutiva e, conseqüentemente, não há troca, crescimento, mas sim muito sofrimento. Torna-se uma situação difícil de ser rompida, pois há muito medo de ser deixado, ficar só, evitando a todo custo, mais um abandono.

Poderá ainda acontecer o contrário, a pessoa mesmo querendo manter a relação, abandona a outra pessoa, para que ela mesma não seja abandonada. Essa situação de dependência pode fazer com que a pessoa torne-se a criança-vítima, ou seja, procura ser boazinha com o intuito de ser cuidada, gerando a necessidade de agradar e a dificuldade de dizer não, buscando sempre e, inconscientemente, aprovação e reconhecimento. É preciso tornar consciente sua dependência e suas eventuais conseqüências para que não fique repetindo situações de abandono.

- Profunda atração pela morte:

Para a criança, o abandono por parte dos pais é equivalente à morte. Essa sensação é mais profunda em quem realmente perdeu a mãe no momento do nascimento. Mas também por quem não foi literalmente abandonado, mas vivenciou esse medo, ele pode ressurgir mais acentuadamente em momentos de renascimento ou quando algum projeto está para ser iniciado, como em momentos de mudança, pois todo caos que precede a cada novo nascimento acaba por gerar um doloroso processo de recordação de sua experiência traumática inicial do abandono, podendo facilmente sentir-se imobilizado frente ao desconhecido, sem permitir-se crescer, transcender, resistindo às mudanças.

Pode existir em algumas pessoas a síndrome do aniversário, onde revive nesse dia seu trauma de infância, o abandono, evitando assim, qualquer tipo de comemoração.

Para lidar com todos esses aspectos o mais indicado é ter consciência de todo esse processo e, principalmente, dos sentimentos que surgem. Falar sobre eles poderá ajudar a integrar conteúdos que estão no inconsciente ao consciente.

É preciso aceitar toda essa realidade e não negar seus sentimentos e carências, assim suas necessidades poderão ser supridas de maneira equilibrada e consciente e não através de relações doentias.

Ao se permitir sentir dor, raiva, mágoa e tristeza, poderá começar a amenizar sua dependência e assumir mais responsabilidade por si mesmo e por seus sentimentos.

Quando esses presentes, carinho, afeto, demonstrações constantes de amor, como a certeza de que não será abandonado, não foram dados pelos pais, é possível obtê-los de outras fontes, porém esse processo em geral, dura a vida inteira. Mas é possível transformar toda a dor do abandono ao interagir com essa criança que apenas espera por seu amor.


Crédito; Portal Angels
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